
O Setembro Amarelo, campanha nacional dedicada à prevenção do suicídio, ganha em 2025 um reforço especial da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). A entidade lançou uma cartilha gratuita destinada a influenciadores e criadores de conteúdo, com orientações sobre como tratar a saúde mental e a prevenção do suicídio nas redes sociais de forma ética e responsável.
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Por outro lado, quando o assunto é tratado de forma sensacionalista, com termos inadequados ou informações incorretas, o resultado pode ser negativo e até prejudicial. A cartilha da ABP surge justamente para orientar sobre o que dizer, o que evitar e como se posicionar diante de um tema tão delicado:
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Com alcance, vem impacto. E com impacto… vem aquela responsabilidade. Não basta “levantar o tema” ou “fazer post no Setembro Amarelo”. A forma como a gente fala importa — e muito. Narrativas, palavras, fontes… tudo isso define se a sua mensagem vai informar ou desinformar. Você não precisa ser especialista. Mas pode ser um elo entre alguém que sofre e a ajuda que essa pessoa precisa.
Recomendações da cartilha da ABP

Influencers recebem guia da ABP para falar de saúde mental (Imagem: benzoix/freepik)
A cartilha traz recomendações diretas ao influencer, como "o que fazer":
- Incentive a busca por ajuda profissional (psiquiatras, psicólogos, CAPS etc.).
- Fale sobre autocuidado, saúde mental e apoio entre amigos e família.
- Compartilhe conteúdo de fontes institucionais confiáveis (OMS, ABP, Ministério da Saúde, e etc).
- Dê espaço para histórias de superação, mas com respeito.
- Evite glamourizar ou detalhar momentos difíceis.
- Reforce que cada tratamento é único. Não existe receita pronta pra saúde mental.
- Combata a psicofobia (preconceito contra pessoas com transtornos mentais).
- Romantizar o sofrimento (“era sensível demais para este mundo…”).
- Contar detalhes de histórias de suicídio pode gerar gatilhos.
- Oferecer ajuda “inbox” como se fosse terapeuta.
- Estimular uso de álcool/drogas como forma de “alívio”.
- Postar testes de autodiagnóstico.
- Citar métodos de suicídio.
- Repostar imagens, bilhetes ou áudios sensacionalistas.
- Dizer “vai passar” ou “pense positivo” como se fosse solução mágica.
- Sugerir “tratamentos” sem embasamento (“chá de camomila resolve”, “corre que passa”, “desconecta da internet que melhora”…).
- Divulgar jogos de azar.
zonas que causam mais comparação do que inspiração, como a exposição excessiva da vida pessoal, filtros exagerados e manipulação pesada de imagem, estímulo à “vida perfeita” que gera competição e frustração. A cartilha do abp para influenciadores pode ser encontrada neste link.
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Fonte: Canal Tech