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O que significa ‘clanker’? Explicação envolve robôs humanoides, IAs e Stars Wars

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A ligação entre a ficção científica e o mundo real é cada vez mais perceptível com o avanço das tecnologias, como robôs humanoides e a inteligência artificial (IA). A gíria “clanker”, que se espalhou pelas redes sociais, é um exemplo claro disso.
A origem do termo, que ganhou destaque na internet, remonta à cultura pop e geek. Ele se popularizou nos anos 2000 com a saga Star Wars, principalmente a partir da série de TV The Clone Wars, de 2008.
Na trama, “clanker” era usado para se referir a droides presentes desde a era da Alta República. Por serem antigos, muitos deles emitiam ruídos metálicos semelhantes a um “clank”.
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Já durante os conflitos entre a República e os Separatistas, estes últimos utilizaram exércitos de robôs conhecidos como droides de batalha. Nesse contexto, os clones passaram a chamar esses inimigos de “clankers”, em tom pejorativo.
Dróides de Star Wars

R2-D2 e C3PO, droides de Star Wars (Reprodução/Disney)

O termo “clanker” nas redes sociais​

Nas redes, a palavra passou a ser usada em tom humorístico como forma de xingamento contra robôs e IAs. Ela tanto critica as inteligências artificiais em geral como também ironiza tecnologias de baixa qualidade ou que ameaçam substituir empregos humanos.
Em um vídeo que viralizou, um homem aparece dizendo “tira esse lixo daqui” ao apontar para um robô que interagia com o público.
Em outro, uma sátira mostra uma sociedade distópica em 2050, onde humanos e “clankers” vivem em desarmonia, chegando a ter bebedouros separados.

Projeto de lei e protestos​

O uso do termo, no entanto, extrapolou o ambiente virtual. O senador democrata dos Estados Unidos Ruben Gallego chegou a empregar a palavra “clanker” ao defender um projeto de lei que pretende regulamentar o uso de chatbots de IA no atendimento ao cliente no país.
Sick of yelling “REPRESENTATIVE” into the phone 10 times just to talk to a human being?

My new bill makes sure you don’t have to talk to a clanker if you don’t want to. pic.twitter.com/9aUv478gSP
— Ruben Gallego (@RubenGallego) July 30, 2025
Além disso, críticas bem-humoradas deram lugar a protestos contra inteligências artificiais que automatizam empregos ou até mesmo atuam como terapeutas. Manifestantes do grupo "Stop AI" se reuniram em frente ao escritório da OpenAI — empresa responsável pelo ChatGPT — em São Francisco, usando o termo para se referir à tecnologia.
Sam Kirchner, organizador do protesto, disse estar satisfeito em ver a gíria com origem em Star Wars ganhar força nas críticas às novas tecnologias.
“Isso implica que as máquinas não funcionam, mas há o risco de que possam melhorar. Temos que nos preparar para o pior cenário”, afirmou em entrevista ao The New York Times.
Stop AI protest on August 22nd at OpenAI’s offices on 1455 3rd St, SF. Thank you to everyone who attended

We will protest at this OpenAI office at the same time every 4th Friday of every month. Next protest: Friday, September 26th, 4:30-6:30 pm. Stop AI or we're all gonna die!… pic.twitter.com/hVTrqL9gYT
— Stop AI🛑 (@StopAI_Info) August 24, 2025
Segundo o etimologista Adam Aleksic, que acompanha a popularidade da palavra ao longo dos anos, o uso de “clanker” para atacar a IA revela a necessidade de criar um termo específico para expressar resistência a esses sistemas computacionais.
“As pessoas queriam uma maneira de atacar, de gerar uma reação negativa. Agora, a palavra está em todo lugar”, destacou Aleksic ao Times.
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Fonte: Canal Tech
 
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