
A relação entre adolescentes e as redes sociais está muito em pauta recentemente, principalmente no Brasil, depois que o termo "adultização" rendeu grandes proporções. Na última quinta-feira (4), um vídeo compartilhado pelo The Guardian trouxe mais um ponto que pode ser levado em consideração nessa discussão: a maneira como o algoritmo do TikTok expõe meninos e meninas a temas sensíveis ou adultos, como distúrbios alimentares e até suicídio.
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Algoritmo entrega temas sensíveis (e muito rápido)
Poucos segundos depois da criação da conta, o algoritmo já entregou conteúdos com discursos carregados de violência, inclusive com incentivo à misoginia (ou seja, o ódio contra a mulher).-
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Já ao se passar como uma garota de 13 anos, a jornalista (ao criar uma nova conta e selecionar interesses como beleza, maquiagem, comida e bebida) encontra conteúdos de influenciadoras falando sobre vergonhas em relação ao próprio corpo, transtornos alimentares e tendências suicidas. Confira o vídeo:
Pesquisas anteriores mostram que os algoritmos de plataformas como o TikTok têm o potencial de amplificar conteúdos misóginos e prejudiciais. Um estudo de 2024 por UCL e Universidade de Kent, por exemplo, revelou que a plataforma sugeria uma quantidade de conteúdo misógino quatro vezes maior ao longo de alguns dias, incluindo violência, objetificação e descreditação das mulheres, o que pode impactar adversamente o comportamento e as atitudes de jovens.
O vídeo ilustra como, em poucos segundos após o cadastro, o TikTok pode expor adolescentes a conteúdos nocivos, de forma diferenciada segundo o gênero. Esse tipo de análise alerta sobre os riscos a que os jovens estão expostos diariamente.
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Fonte: Canal Tech