
Bluesky e X (antigo Twitter) são duas redes sociais concorrentes que disputam cada vez mais a preferência dos cientistas ao redor do mundo. Mas uma delas vem gerando mais engajamento em publicações de cunho científico do que a outra.
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A pesquisa analisou mais de 2,6 milhões de postagens no Bluesky, que faziam referência a mais de 500 mil artigos acadêmicos, entre janeiro de 2023 e julho de 2025, para comparar o engajamento entre as duas plataformas.
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Maior número de interações nos posts
Os pesquisadores descobriram que cerca de metade das postagens científicas no Bluesky recebeu ao menos 10 curtidas no período analisado. Além disso, um terço das publicações foi republicado 10 ou mais vezes.Pesquisas anteriores mostraram que esses índices eram menores no X: apenas 4,4% das postagens científicas receberam 10 ou mais republicações.
O estudo também revelou que 6,3% das citações referentes a trabalhos científicos mencionavam o nome do artigo e o periódico onde foi publicado, o que sugere um engajamento mais profundo com o conteúdo.
“Nossas descobertas indicam que o Bluesky evoluiu para um espaço de comunicação científica, impulsionado por um aumento substancial na atividade acadêmica entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, após o qual os níveis de engajamento se estabilizaram em uma base elevada”, escreveram os pesquisadores.

Estudo apontou que posts sobre trabalhos científicos no Bluesky têm mais engajamento do que os realizados no X (Douglas Ciriaco/Canaltech)
Promoção do diálogo acadêmico
Os autores do estudo também destacaram que os resultados colocam o Bluesky como uma plataforma que apoia um “diálogo acadêmico significativo”, o que é confirmado por alguns cientistas.Tara C. Smith, professora de epidemiologia na Faculdade de Saúde Pública da Universidade Estadual de Kent, relatou que foi muito ativa nas comunidades científicas do Twitter por 15 anos, mas que o engajamento caiu drasticamente nos últimos anos, enquanto o número de respostas de bots aumentou.
“Na Bluesky, embora seja significativamente menor, posso ter boas discussões com pessoas interessadas na minha área, bem como com colegas especialistas. Ela tem o mesmo propósito do SciTwitter em relação a novas pesquisas, mas também é muito mais propícia para conversas”, disse a docente ao The Guardian.
Estudos e relatos sobre métricas de divulgação científica nas redes sociais se tornarão cada vez mais necessários à medida que os debates e impactos quase sempre passam, em algum momento, por essas plataformas digitais.
O estudo foi divulgado no servidor de pré-impressão arXiv.
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Fonte: Canal Tech