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O que muda no Instagram e Facebook após o fim do fact checking da Meta?

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Mark Zuckerberg chamou a atenção do mundo nesta terça-feira (7) ao anunciar mudanças nas políticas de conteúdo do Instagram, Facebook e Threads. Com a decisão, a Meta vai substituir o programa de checagem de fatos por notas da comunidade, como ocorre no X (ex-Twitter) de Elon Musk.
A seguir, tire as seguintes dúvidas:
  • O que vai mudar no feed depois do anúncio?
  • Quando as medidas vão entrar em vigor?
  • Haverá alterações no Brasil?
  • Como será a implementação das novas regras

O que vai mudar no feed depois do anúncio?​

Em nota, a companhia anunciou que as plataformas que possuem moderação de conteúdo terão uma política menos restritiva e personalizada nos Estados Unidos. Veja o que vai mudar:
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Notas da comunidade​

Ao encerrar o programa de verificação de fatos, a Meta vai levar as notas da comunidade para as suas redes sociais. Similar ao X, o recurso funciona a partir de anotações acrescentadas por usuários nas publicações para apontar quando há algo duvidoso ou até mesmo alguma desinformação. Neste caso, a informação é adicionada após receber a aprovação de outras pessoas para confirmar se a observação procede ou não.

Conteúdos políticos​

No anúncio, o CEO afirmou que os interessados em política receberão mais publicações sobre o tema de forma personalizada. A mudança acontece depois que a Meta reduziu o alcance de conteúdos sobre política desde 2021 a pedido dos usuários.

Menor restrição em tópicos específicos​

Haverá menos restrição em conteúdos sobre imigração, gênero e identidade de gênero, entre outros tópicos. "Não é certo que as coisas possam ser ditas na TV ou no plenário do Congresso, mas não em nossas plataformas", justificou a empresa.
As mudanças nas regras tendem a levar algumas semanas para serem totalmente implementadas no Instagram, Facebook e Threads.

Quando as medidas vão entrar em vigor?​

O programa de confirmação de informações será encerrado e as notas da comunidade serão adotadas nos próximos meses nos Estados Unidos.

Haverá alterações no Brasil?​

Não. Inicialmente, as medidas são destinadas apenas aos usuários dos Estados Unidos.
Questionada sobre a implementação no Brasil pelo Canaltech, a Meta direcionou apenas o link do comunicado da empresa em português onde não há maiores direcionamentos de como serão essas mudanças na prática no país.

Como será a implementação das novas regras​

Em seu comunicado, a empresa explica que irá iniciar a implementação em breve e que pretende aprimorá-las ao longo do ano.
Durante a transição, a Meta irá eliminar o controle de verificação de fatos e diminuir a distribuição de conteúdos já verificados. Assim, a plataforma vai usar um rótulo que indique que há informações adicionais sobre o post para o usuário que deseja vê-las, ao invés de exibir advertências em tela cheia.

Repercussão no Brasil​

Após o anúncio, entidades brasileiras se posicionaram a respeito. Ontem (7), o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) demonstrou preocupação com as mudanças na plataforma. Em nota, a instituição afirmou que a troca dos verificadores de fatos por notas da comunidade podem aumentar a circulação de desinformação, discurso de ódio e conteúdos nocivos.
Para o advogado especialista em direito digital e sócio do Peck Advogados, Henrique Rocha, a medida tomada pela Meta poderá incitar polarização e publicações preconceituosas nas plataformas. "Além disso, também há o risco de as notas da comunidade serem utilizadas de forma artificial para beneficiar ou prejudicar eventual posicionamento político ou ideológico", acrecenta.
Os ministros do Superior Tribunal Federal (STF) minizaram a fala de Mark Zuckerberg sobre a existência de “tribunais secretos” na América Latina, mas acompanham o caso com atenção.
Segundo o jornal O Globo, o Ministério Público Federal (MPF) também pretende protocolar um ofício com questionamentos sobre as mudanças da Meta.
Henrique adiciona que as empresas devem cumprir as leis vigentes e ordens judiciais brasileiras, independentemente do modelo adotado pela corporação em seu país de origem. "Ao considerar o volume de remoções que não serão feitas pelas redes, poderemos ver um aumento de ações judiciais para remoções de conteúdos nas plataformas", completa o advogado.
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Leia a matéria no Canaltech.

Fonte: Canal Tech
 
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