Nos EUA, as autoridades antitruste do Departamento de Justiça (DoJ) querem desmantelar o suposto monopólio da Alphabet, controladora do Google, no mercado de buscas. Se os planos se concretizarem, a empresa será obrigada a vender o navegador Chrome. A venda hipotética pode custar mais de R$ 115 bilhões.
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Quanto vale o navegador Chrome?
Sem considerarmos o quão distante estamos da possível venda do Chrome, dá para estimar qual o valor que o navegador mais usado no mundo (segundo o último levantamento da StatCounter) pode alcançar no mercado.-
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Se o Google for obrigado a vendar o Chrome pela justiça dos EUA, a venda poderá ser fechada em mais de 115 bilhões de reais (Imagem: TBIT/Pixabay)
O lance final deverá ser de “pelo menos US$ 15 a US$ 20 bilhões (o equivalente a R$ 86,6 bilhões a R$ 115,4 bilhões), já que tem mais de 3 bilhões de usuários ativos mensais”, calcula o analista da Bloomberg Intelligence, Mandeep Singh.
Entretanto, o valor deve ser ainda mais elevado, quando se analisa o caso do X (antigo Twitter). Na época da compra, em 2022, Elon Musk pagou cerca de US$ 44 bilhões (mais de R$ 250 milhões, na conversão atual). Então, o montante final do navegador do Google pode surpreender as avaliações moderadas.
Entenda o que está em jogo
Para entender essas cifras bilionárias, é importante lembrar que o navegador Chrome desempenha um papel estratégico na maioria dos negócios do Google. Ele permite monitorar a atividade de usuários, direcionar anúncios de forma mais eficiente e apresentar outros produtos da companhia. Recentemente, passou a ser usado para popularizar o Gemini, com respostas “prontas” para temas buscados. Assim, o usuário nem precisa clicar no site de um terceiro. Então, parece ser uma boa fonte de receitas futuras para um possível comprador.Seguindo essa linha de raciocínio, vale imaginar quais players teriam tanto dinheiro para bancar a compra do negócio tão caro. A Amazon poderia demonstrar interesse, mas já enfrenta um escrutínio antitruste próprio. Outra possibilidade seria a OpenAI, do ChatGPT, já que aquisição poderia garantir um alcance até então impensável e um rentável negócio de anúncios. Entretanto, isso é apenas especulação.
O que diz o Google
Alvo do embate, o Google se posiciona de forma totalmente contrária a essas propostas em análise pela justiça. A vice-presidente de assuntos regulatórios do Google, Lee-Anne Mulholland, defendeu que a atuação neste caso "vai muito além das questões legais".“O governo interferindo desta forma prejudicaria os consumidores, os desenvolvedores e a liderança tecnológica americana, exatamente no momento em que é mais necessária”, acrescentou Mulholland.
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Fonte: Canal Tech