
O cofundador do Instagram Kevin Systrom disse à justiça dos EUA que a rede social era vista como uma ameaça ao crescimento do Facebook, mesmo após a aquisição pela empresa de Mark Zuckerberg. Além disso, alegou que a atual Meta dificultou o repasse de recursos para limitar o crescimento da rede de fotos e vídeos.
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Systrom acusou falta de investimentos
Durante um depoimento de cerca de seis horas de duração, Systrom defendeu uma ideia de que o crescimento do Instagram aconteceria mesmo sem o suporte do Facebook no período, segundo o site The Verge. O cofundador da rede alegou que muitos recursos foram limitados para a rede para evitar impacto na base de usuários do Facebook.-
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O empresário trouxe dados internos de 2018 com detalhes sobre integrações feitas entre as redes sociais, incluindo a opção de postar entre apps. O Instagram notou aumento na audiência, enquanto o Facebook continuou estável — alguns dos recursos teriam sido encerrados por Zuckerberg pouco tempo após a saída de Systrom e do brasileiro Mike Krieger, ambos cofundadores da rede.
“Nós éramos uma ameaça ao crescimento deles”, comentou Kevin Systrom. “Se o Instagram não crescesse rapidamente, o Facebook não encolheria rapidamente”.
Ele afirmou que o Instagram conseguiu alcançar um bilhão de usuários (metade da base do Facebook) com um número reduzido de funcionários na equipe.

Facebook teria limitado o crescimento do Instagram, de acordo com cofundador da rede social (Imagem: Brett Jordan/Unsplash)
Além disso, Zuckerberg teria concentrado mais esforços para vídeos no Facebook após declarar que o formato seria a grande mudança das redes, enquanto o Instagram não teria recebido apoio adicional nesse sentido.
O Facebook Inc (atual Meta) comprou o Instagram por US$ 1 bilhão de dólares em 2012. Kevin Systrom e Mike Krieger, cofundadores da rede, continuaram no alto escalão da empresa até anunciarem suas respectivas saídas em 2018.
O que pode acontecer com a Meta?
A Meta passa por uma investigação judicial pela FTC para avaliar uma possível prática de monopólio ilegal no mercado com a compra de Instagram e WhatsApp. Caso a acusação seja confirmada pela justiça, a Big Tech poderia ser forçada a vender os respectivos aplicativos.O processo foi aberto ainda em 2020, mas agora chegou à fase de julgamento, análise de acusação e defesa e audiência de testemunhas. Ainda não há uma previsão de quando uma sentença poderá ser emitida.
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Fonte: Canal Tech