O Google preparou uma resposta dura ao estado da Califórnia, nos EUA, que discute uma lei capaz de exigir que a Big Tech pague uma taxa a sites de notícias para expor os links das matérias no buscador. A empresa revelou que vai fazer um teste e remover os links de sites de notícia da plataforma como uma forma de “medir o impacto da legislação na experiência do produto”.
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Em nota assinada pelo Vice-presidente de Parcerias Globais de Notícias do Google, Jaffer Zaidi, a empresa argumenta que uma eventual aprovação da lei “criaria um nível de incerteza que nenhuma companhia poderia aceitar” e “colocaria pequenos publicadores em desvantagem”.
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Google ameaça tirar notícias do buscador na Califórnia em resposta a lei que exigiria o pagamento de uma taxa pela Big Tech (Imagem: Charles Deluvio/Unsplash)
A resposta do Google veio em ações que podem limitar a presença de veículos de notícias no estado dos EUA. Primeiramente, um teste considerado de curto prazo vai remover os links de matérias dos sites da Califórnia que poderiam ser englobados na CJPA. Além disso, vai remover investimentos no ecossistema de notícias do estado, principalmente nas iniciativas Google News Showcase e Google News Initiative, até que mais informações sobre a lei sejam esclarecidas.
A empresa revela que apenas 2% das buscas na pesquisa do Google envolvem notícias e aponta que as pessoas buscam outras fontes de informação, como podcasts, vídeos curtos, newsletters e redes sociais. Porém, reforça que ainda faz investimentos para garantir a saúde do ecossistema de imprensa.
Google já reagiu em outros casos
Não é a primeira vez que o Google toma providências severas como resposta a projetos de lei que influenciam a monetização de veículos de notícias no buscador. A empresa chegou a deixar de exibir links de notícias no Canadá no ano passado em resposta a uma lei discutida em moldes parecidos — Facebook e Instagram também fizeram o mesmo na época.Após meses de negociação, o projeto foi alterado e o Google teve que pagar 100 milhões de dólares canadenses (cerca de R$ 371 milhões, em conversão direta na cotação atual) a veículos locais como parte do acordo.
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Fonte: Canal Tech