É VERDADE que o pagamento por Pix funciona fora do Brasil com ajuda de fintechs

É VERDADE que é possível realizar pagamentos via Pix fora do Brasil. Por ser uma iniciativa criada pelo Banco Central brasileiro, muitas pessoas podem achar que esse modelo de pagamento não é aceito em outros países — algo que mudou com a popularização das transferências instantâneas no território nacional.

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Criado em 2020, o Pix vem sendo disseminado em outros países com a ajuda de fintechs — empresas privadas especializadas em serviços financeiros e tecnologia.
O movimento de internacionalização desse modelo de pagamento ganhou força principalmente entre 2023 e 2024, impulsionado pelo aumento das viagens de brasileiros ao exterior.
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Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apontam que, em 2024, 24,9 milhões de passageiros viajaram para fora do país — um aumento de 17,23% em relação a 2023.
Alguns países onde estabelecimentos já aceitam Pix são:

• Argentina
• Paraguai
• Chile
• Estados Unidos
• França
• Portugal

Pix está disponível para os brasileiros desde 2020 (André Magalhães/Canaltech)

Mas como funciona o Pix fora do Brasil?​

A viabilização do Pix em outros países ocorre graças a parcerias entre fintechs brasileiras — que oferecem a chave Pix — e empresas credenciadoras (ou adquirentes), responsáveis pelas maquininhas de pagamento com cartão de débito e crédito.

“O lojista pega a maquininha, digita o valor em moeda local — em pesos argentinos, por exemplo, se você estiver em um estabelecimento desse país vizinho — e o QR Code do Pix aparece na tela. A pessoa escaneia o código, e o valor é automaticamente convertido para real de forma instantânea, com o IOF [Imposto sobre Operações Financeiras] já embutido”, explica Alex Hoffmann, cofundador da PagBrasil, empresa especializada em pagamentos digitais.

O Pix fora das fronteiras brasileiras só ocorre quando tanto o recebedor quanto o pagador têm contas em instituições vinculadas ao sistema Pix no Brasil, com saldo em real.
Outra alternativa é que o estabelecimento no exterior aceite pagamento por meio de um prestador de serviços eFX — facilitadoras de pagamentos internacionais.
Nessa segunda opção, o cliente realiza um Pix de sua conta no Brasil para o agente eFX, que envia uma remessa internacional para o estabelecimento de forma instantânea.

Estabelecimentos de países como Argentina e Estados Unidos já aceitam pagamentos via Pix (Bruno Peres/Agência Brasil)

Pix e conta internacional​

Uma outra possibilidade de uso do Pix em transações internacionais ocorre com o intermédio de empresas que oferecem serviços de transferência de dinheiro e contas multimoeda.
Nesse caso, o cliente realiza um pagamento via Pix, que gera um crédito em sua conta internacional. A partir daí, ele pode utilizar o câmbio para escolher a moeda desejada e, em seguida, efetuar pagamentos com um cartão de débito digital vinculado à conta.
Portanto, se você está planejando uma viagem internacional, vale a pena preparar um cartão internacional e fazer o câmbio para a moeda local — mas considerar o uso do Pix também pode ser uma opção viável e prática durante o passeio.
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Fonte: Canal Tech